O clima quente das eleições municipais no Piauí ganhou um novo capítulo nesta sexta (27). O deputado federal Merlong Solano (PT) e o senador Marcelo Castro (MDB) trocaram críticas durante agenda na zona norte de Teresina. A origem do atrito entre os dois políticos é a eleição para a prefeitura de São Raimundo Nonato, Marcelo criticou a atuação de Merlong para a gravação de um vídeo de Lula a favor de Isaías Neto, candidato a prefeito na cidade.
Isaías disputa a prefeitura contra Rogério Castro (MDB), sobrinho de Marcelo. Recentemente Lula gravou um vídeo a favor do petista, fato criticado pelo MDB, já que o acordo seria a não interferência de Rafael Fonteles e do PT no pleito.
Perguntado sobre as críticas de Marcelo, Merlong foi incisivo.
“O presidente da República tem o direito legítimo de ser membro de um partido, pede voto para um candidato do seu partido. Então não há erro algum. O senador Marcelo Cassia acostumou a ser meio que mimado e estranha uma coisa que ele não deveria estranhar. Ele, como é do MDB, está lá o tempo todo fazendo campanha pelo seu candidato. Ele, Marcelo Castro, é muito beneficiado por essa aliança que tem conosco. A sua eleição de senador deve ser ao grande apoio e à liderança do ex-governador Wellington Dias e de todo o nosso time, que nós votamos nele absolutamente engajado numa campanha para ele se tornar senador da República, representando todo”, afirmou
Em resposta, Marcelo Castro atacou a fala de Merlong.
“Discordo frontalmente do Merlong, essa não é uma prática correta, eu sou um aliado leal, não há quem duvide da minha lealdade ao presidente Lula. A Margarete Coelho fez campanha abertamente para o Bolsonaro, eu quero crer que o Lula foi induzido a um equívoco, então passaram uma rasteira no Lula. Manda o Merlong a aconselhar o governador que quando ele for disputar o pleito em 2026 ele não quer o apoio de ninguém. Seja candidato exclusivo do PT. É isso que o Rafael vai fazer? Claro que não. Rafael tem bom senso. Isso foge da lógica. Nós somos uma base ampla. Somos mais de 10 partidos que elegeram o Rafael Fontelles. Quem quer governar só, se candidata só. Mas quem quer governar, quem se candidata por uma ampla base, como é o caso aqui do Piauí, que é o caso do Brasil, tem que governar com a base que o elegeu”, finalizou.